Sucessão Ecológica é um dos mais antigos e importantes conceitos em Ecologia. Pode ser definido como um processo ordenado de mudanças no ecossistema, resultado da modificação do ambiente físico pela comunidade biológica, culminando em um tipo de ecossistema persistente: o clímax. Este trabalho apresenta o histórico e o desenvolvimento deste conceito, seus principais modelos e perspectivas.
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A condição de utilizar um mesmo tipo recurso de forma similar incorpora a ideia de um grupo adaptado ao uso do recurso e aos outros organismos que também o utilizam. A perspectiva de Root deu novo ímpeto ao estudo de competição em comunidades, sendo a perspectiva trans-taxonômica e o termo utilizados em diversas pesquisas subsequentes. Porém, comumente o termo foi aplicado de forma frouxa ou inconsistente, sendo utilizado para expressar diferentes conceitos entre pesquisadores, abrangendo cada vez mais seu significado.[5][8][10] Apesar deste uso inconsistente, após a definição de Root poucos autores apresentaram propostas formais para redefinir o termo. Em geral, estas propostas se mantiveram baseadas uso de recursos, subdividindo o conceito original em categorias e/ou acomodando outros conceitos relacionados.[4][8][11] Apesar da definição de Root ser a principal utilizada conceitualmente, na prática existe uma ênfase no tipo de recurso, sem considerar sua forma de uso.
Uma proposta com alterações mais significativas foi apresentada por J. Bastow Wilson em 1999, buscando incorporar os diferentes sentidos em que o termo guilda fora usado na literatura ecológica assim como conceitos e termos relacionados.[8] Na proposta de Wilson, a guilda é subdividida entre "guilda alfa" (uso de recursos dentro de uma comunidade) e "guilda beta" (distribuição de acordo com condições ambientais). Ambas as categorias são subdividas em quatro classes dependendo dos critérios comumente utilizados para agrupamentos. Por exemplo, segundo o autor, "guildas beta" podem ser definidas de acordo com critérios de distribuição espacial (β1) ou temporal (β2), ou ainda por descrições subjetivas (β3) ou objetivas (β4) de suas características em relação às condições ambientais.
No período anterior à perspectiva de guilda apresentada por Root em 1967, estudos em ecologia de comunidade tendiam a focar em agrupamentos taxonômicos (assembléias), devido à complexidade de se estudar comunidades biológicas como um todo.[1][5] Ao mesmo tempo, estudos sobre competição interespecífica utilizavam como unidades especies pertencentes ao mesmo gênero, sob a premissa de que seus requerimentos ambientais deveriam ser mais similares.[1] A validade dessa premissa, no entanto, foi questionada, com exemplos onde a interação entre espécies de gêneros próximos seria mais importante que com espécies congenéricas.[5] A proposta de Root serviu como uma bandeira para direcionar estudos de competição com o foco diretamente na interação das espécies, a princípio sem restrição à relação taxonômica. A remoção do enfoque taxonômico, no entanto, não significa necessariamente a visão de guilda como incluindo organismos filogeneticamente muito distantes, devido a limitações implícitas na própria definição (ver seção "críticas").[2] O próprio trabalho de Root versa sobre uma guilda de cinco espécies, todas Passeriformes, pertencendo a quatro famílias distintas.[1]
A aplicação de guilda a todos organismos de uma espécies não é apropriado para espécies em que existem diferenças na ecologia entre os estágios de desenvolvimento ou entre os sexos.[5] Anfíbios anuros, por exemplo, apresentam um ciclo de vida discreto onde o juvenil é aquático pastador de perifíton e o adulto é terrestre, predador de insetos. O mesmo ocorre com libélulas, onde o estágio de ninfa é aquático e o adulto é voador, sendo ambos predadores. Nestes casos, os tipos de recursos potencialmente explorados por membros de uma mesma espécie em diferentes estágios de desenvolvimento é diferente. Situação similar, porém mais complexa, pode ocorrer em organismos que não apresentam classes discretas de desenvolvimento, mas alterações contínuas. Por exemplo, alterações do tipo e do tamanho da presa podem ocorrer com o tamanho do predador em espécies de peixes.[14]
A aplicação do conceito à assembleias vegetais também não é direta. Guilda é um conceito que surgiu no campo de ecologia animal, com grande enfoque no recurso alimentar e no comportamento de forrageamento. Assim, a aplicação da definição de Root à organismos vegetais é dificultada porque diferenças em recursos utilizados e na forma de exploração são em geral menos claras.[2] Algumas exceções são guildas de plantas formadas com base em polinizadores ou dispersores de sementes, onde o recurso pode ser definido de forma clara (i.e., animal), e características morfológicas e fisiológicas da planta definem subgrupos de animais que podem executar a função.[2]
Possui Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais, Bacharelado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Tecnólogo em Patologia e Bioquímica (UEGS). É diretor executivo e presidente do conselho superior da Helium Corp. É revisor da Revista Internacional de Ciências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), avaliando artigos científicos relacionados aos temas: história natural, saúde pública, hidráulica, ecologia, zoologia, botânica, espeleologia e toxicologia ambiental. Possui experiência no uso de macroinvertebrados bentônicos como ferramentas de avaliação ecossistêmica e da qualidade da água. Realiza trabalhos no uso da entomofauna, para avaliação da qualidade da restauração florestal, também possui conhecimentos de taxonomia para os grupos recentes de Arthropoda com ênfase em Coleoptera e artrópodes de caverna. Tem experiência em toxicologia ambiental, atuando em temas como, biomagnificação, águas subterrâneas e bioindicadores da qualidade ambiental. Também atua em estudos ecológicos da relação inseto e planta. Tem experiência em fitossociologia e inventário florestal da Mata Atlântica e seu uso no estudo de impactos ambientais. Possui experiência em licenciamento ambiental, saúde pública e avaliação de impactos ambientais. Possui experiência na Coordenação de projetos de manejo de ictiofauna (ênfase em rivulídeos e ictiofauna de hidrelétricas), herpetofauna, mastofauna e ornitofauna para licenciamento ambiental.
Biólogo, Engenheiro ambiental e de Segurança do Trabalho. Mestre em engenharia ambiental pela UFRJ. Doutor em Meio Ambiente pela UERJ. Tutor do Centro de Educação a Distância do Estado de Rio de Janeiro (CEDERJ), Professor da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC), e funcionário da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE). Atuando principalmente nos seguintes temas de pesquisa: zoologia, ecologia, meio ambiente, saneamento, resíduos sólidos, gestão ambiental e perícia ambiental.
A sustentabilidade econômica possibilita a alocação e gestão eficiente dos recursos produtivos, assim como um fluxo refular de investimentos públicos e privados, passando pelos conceitos de capital físico, financeiro, humano e intelectual. 2ff7e9595c
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